Fonte: The Scientist blog.
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Aluno de pós-doc tenta envenenar colega de trabalho
Fonte: The Scientist blog.
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Microalgas que não fazem fotossíntese
O título deste post não é um paradoxo. Oceanógrafos da Universidade de Santa Cruz, Califórnia descobriram um novo grupo de algas cianofíceas (mais conhecidas como cianobactérias) que não apresentam boa parte dos genes necessários para o funcionamento do fotossistema II e para a fixação de carbono, essenciais para o processo de fotossíntese tanto em cianobactérias quanto em plantas superiores. O estudo foi publicado semana passada no periódico Science.
O mais interessante deste caso é o papel ecológico deste grupo. Inicialmente alguém poderia perguntar: "Mais isso deve ser uma aberração. Este grupo não teria sucesso já que não teria como obter matéria orgânica". É aí que o assunto começa a ficar interessante.
Mesmo sendo o principal constituinte da nossa atmosfera (quase 80%), o nitrogênio gasoso (N2) não é assimilável pela maior parte dos organismos. O N2 pode ser fixado por bactérias do gênero Rhizobium, que vivem em nódulos de raízes de plantas leguminosas, e, principalmente, por cianobactérias. O processo de fixação biológica do nitrogênio (FBN) requer uma energia de ativação muito alta, desta forma está longe de ser um processo espontâneo. Além deste pequeno problema, uma das grandes restrições da FBN é a fragilidade da enzima catalizadora. A nitrogenase é altamente sensível à presença de oxigênio, que pode destruir de forma irreparável a enzima. Uma pergunta bem coerente seria: "Como uma microalga poderia realizar um processo onde a enzima catalizadora é muito sensível ao oxigênio?". A seleção natural deu um jeito neste pequeno problema. Alguns grupos de cianobactérias filamentosas que fixam nitrogênio gasoso apresentam uma célula chamada heterocisto, que cria um ambiente microanaeróbico onde a enzima nitrogenase pode trabalhar sem sobressaltos.
Mas nem todos os grupos de cianobactérias têm heterocistos. Desta forma, a maior parte só consegue fixar nitrogênio a noite, quando não estão fazendo fotossíntese. Acho que agora ficou mais fácil de entender qual seria o papel ecológico deste grupo de cianobactéria. A falta de genes que são essenciais para a realização do processo de fotossíntese fez com que este grupo passasse a fixar nitrogênio durante o dia todo, mesmo sem uma estrutura especializada para proteger a nitrogenase. Sendo um grupo muito abundante em oceanos, a taxa de fixação de nitrogênio total neste ambiente pode sofrer um acréscimo considerável, tendo grande relevância ecológica. Quanto ao problema do grupo de microalgas descoberto não ter uma fonte de carbono devido a não realização da fotossíntese, existem duas hipóteses principais: essas microalgas podem estar se alimentando de alguma forma diretamente de matéria orgânica (como já ocorre em outros grupos) ou em simbiose com algum outro organismo.
Acho incrível como um processo de tamanha importância evolutiva como a fotossíntese pode ter sido "esquecido" por este grupo de algas. Tentem imaginar o tamanho da pressão seletiva para um grupo de cianobactérias ter se mantido, reproduzido e tornar-se dominante em seu ecossistema sem realizar um processo que alterou de forma marcante a vida em nosso planeta, tendo evoluído a mais de 2 bilhões de anos atrás.
Outras informações de forma bem palatável sobre o artigo podem ser vistas na ScienceNOW e no Eurikalert!
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Caminhos de Darwin no Rio de Janeiro
Durante a viagem serão inauguradas placas comemorativas, com mapa do Estado sinalizando o trajeto de Darwin e observações do seu diário sobre o referido lugar. Palestras de divulgação científica sobre o que o naturalista observou em cada local, exibição de vídeos, exposição, apresentação das espécies citadas em seu diário e do hino nacional cantado em Tupi Guarani por alunos de Araruama, estão entre as atividades previstas nas inaugurações.
A expedição também ressaltará a importância da viagem do naturalista para a ciência e para a preservação do patrimônio histórico e geológico da região. Ela terá o seguinte trajeto: Rio de Janeiro (Jardim Botânico), Maricá, Saquarema, Araruama, São Pedro da Aldeia, Fazenda Campos Novos (Cabo Frio), Barra de São João, Macaé, Conceição de Macabu, Rio Bonito, Itaboraí e Niterói."
Para saber mais sobre o evento, veja o flyer com as datas e lugares onde serão realizadas as intervenções.
Para saber mais informações tanto sobre o evento deste ano, quanto sobre a passagem de Darwin pelo Rio de Janeiro em 1832, visite o bem elaborado sítio do evento.
PS.: O texto é uma reprodução do vinculado pelos organizadores do evento. Gostei muito da idéia da placa com o trajeto, citações do texto original, etc. Mais porque diabos os alunos de Araruama vão cantar o hino nacional em Tupi Guarani?
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Qual o valor de um projeto científico?
Hoje de tarde, ao ler a Nature News me deparei com uma notícia que discutia financiamento de pesquisas científicas. O foco dela era um experimento nos EUA que simulava o crescimento de florestas em uma atmosfera com 550ppm de CO2. Em um primeiro momento, achei muito interessante pois era um experimento enorme (realizado na própria floresta), porém no meio da leitura me deparo com as cifras do projeto. Eram duas localidades analisadas, sendo que em uma eram gastos $3 milhões de dólares (sendo $900.000 somente com o contínuo acréscimo de CO2 na atmosfera e com a engenharia do projeto) e no outro eram gastos $2 milhões de dólares, sendo que a escala de tempo era anual! (isto mesmo, $5 milhões de dólares por ano!)
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Meteorologia com plantas
Incrível como uma alteração em escala espacial tão reduzida como em uma relação planta-solo pode alterar o clima em uma escala regional.