segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Força Nacional apoiando o meio ambiente

A força nacional será deslocada para ajudar no combate ao desmatamento da floresta Amazônica. Isto se deve ao fato de o desmatamento da Amazônia ter aumentado 8% em relação ao período de junho a setembro do ano passado. Essa ação foi anunciada pela nossa ministra do meio ambiente Marina Silva. A ministra disse que a área desmatada em 2007 deve ser de aproximadamente 9.600 quilometros quadrados. Somente em Rondônia, o desmatamento aumentou 600% em relação ao ano anterior, realmente se tornou um caso de segurança nacional. Este número revela o total descaso dos governantes com a preservação da Amazônia.
Mesmo sendo observada uma tendência de diminuição do desmatamento (redução de 65% em relação ao ano de 2004), é incrível o que o homem continua fazendo com nossa floresta. Quando vão perceber que ela vale mais em pé do que derrubada? Com o potencial de descoberta de novos medicamentos subutilizados ou roubados, o brasileiro prefere derrubar floresta para produzir commodites!! É irracional! Somente um governo preocupado eem agir como marionete de grandes potências para ter um comportamento desses.

2 comentários:

  1. Não adianta tomar ações enquadradas nas leis do país. Nem discursos ou instauração de processos burocráticos. Os assassinos de matas sempre levam vantagem. Pelo simples fato de que eles AGEM. Depois da ação de derrubada de matas, a ação está feita. Nada retorna ao que era. Já o lado do mocinho, representado pelo ministério do meio ambiente e demais autoridades, NÃO AGEM. Apenas abrem processos... processos... e mais processos. Já sabemos que processos... ah, processos... não dão em nada. Enquanto o mocinho fica perdendo tempo com processos, os assassinos vão assassinando mais e mais matas.
    Por quê? É simples. Porque os bandidos agem contra a lei e o mocinho tem que respeitar a lei, que é sempre discutivel, fornece interpretações e requer muito tempo para dar o troco aos bandidos. Quando chega a dar o troco, os bandidos já se enriqueceram, já riram da lei, já fugiram para outro país, ou simplesmente fazem recursos das sentenças. Quer dizer, nada pode ser feito contra os bandidos porque a burocracia da lei não deixa.
    A solução é simples. O mocinho deveria agir fora da lei também. Aí os bandidos assassinos é que iriam recorrer às leis. O ônus da demora seria todo deles.
    Outra solução: O ministério poderia proibir em todo o país o transporte, industrialização, comércio e estocagem de qualquer madeira, com exceção daquelas cultivadas, como o eucalipto, o kiri, etc.
    O que o Brasil precisa é de ação, ação e ação.

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  2. Oi Breno

    Recomendo este texto aqui, do Marcelo Leite:

    Desmatamento em alta

    Desmatamento em alta

    Coluna Ciência em Dia
    Folha de S.Paulo - caderno mais!
    21 de outubro de 2007

    Em agosto, duas colunas neste espaço ofereceram informações contraditórias sobre desmatamento na Amazônia brasileira. A primeira, no dia 5 daquele mês, previa aumento no corte de florestas com a subida dos preços de commodities como soja e carne bovina. A segunda, duas semanas depois, apontava erro no primeiro texto, diante de dados de satélite que indicavam queda no desmate pelo terceiro ano consecutivo.

    Ambas as colunas estavam certas, e também erradas. O desflorestamento de fato vinha caindo, pelo menos até junho ou julho. Mas começou a subir de novo, forte, em agosto. Apesar disso, ainda está distante da cifra escandalosa de 2003/ 2004, a segunda maior área devastada de todos os tempos (27.429 km2).

    Eis o dado do Sistema Deter, acompanhamento em "tempo real" (poucas semanas de defasagem entre coleta de imagens por satélites e processamento dos dados) operado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) para o Ministério do Meio Ambiente (MMA) orientar a fiscalização: de junho a setembro, foram derrubados 4.570 km km2 de mata amazônica, contra 4.250 km2 no mesmo período do ano anterior.

    Isso dá um aumento de 8%, como noticiou a Folha na quinta-feira. O MMA ainda se contorcia para dizer que não estava ocorrendo um aumento substantivo, só uma desaceleração da queda. O ano de 2007 terminaria ainda com uma redução na taxa de desmatamento, argumentava.

    A série histórica de estatísticas oficiais iniciada em 1988 leva em conta o período de agosto a julho. Como até três meses atrás a taxa vinha caindo, tendo registrado -33% de variação em junho e oscilação de 4% em julho (no confronto com os mesmos meses de 2006), o ano-desmate 2006/2007 terminará, sim, com redução.

    Marina Silva terá, portanto, mais um relatório positivo sobre desmatamento anual para apresentar. Mas já não será um retrato fiel da situação quando se iniciar a reunião das Nações Unidas sobre mudança climática de Bali, Indonésia, em dezembro. Ali o Brasil e outros países emergentes serão pressionados a adotar metas de redução de emissões de gases do efeito estufa, como já fizeram vários países desenvolvidos no quadro do Protocolo de Kyoto.

    Três quartos das emissões brasileiras vêm do desmatamento. Em agosto deste ano, ele aumentou 53% sobre agosto de 2006 (passou de 474 km km2 a 723 km km2). Em setembro, mais 107% (de 687 km km2 a 1.424 km km2).

    Como de hábito, a aceleração é mais acentuada nos Estados que compõem o chamado Arco do Desmatamento. Rondônia, aquela Unidade da Federação em que Lula vai erguer os monumentos hidrelétrico-desenvolvimentistas de Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira, teve aumento de 602%. Em Mato Grosso, terra de Blairo Maggi e portanto de soja, foram 84%. No Pará de tantas unidades de conservação criadas na gestão Marina Silva, 59% (e maior área total, 655 km km2).

    É bom repetir: 4.570 km km2 de desmate nos melhores meses (mais secos) para derrubar e queimar floresta não chega a ser um desastre (ainda que a área represente três vezes a do município de São Paulo).

    A aceleração inegável, no entanto, vem sugerir que permanece limitada a capacidade do governo federal de inibir a ação predatória de grileiros, madeireiros e seus sócios no avanço da frente agropecuária, sobretudo quando capitalizados pelo aumento nos preços de commodities.

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