sábado, 29 de setembro de 2007

VIII Congresso Brasileiro de Ecologia


Nesta semana que se encerra, aconteceu o VIII Congresso Brasileiro de Ecologia em caxambu. Este congresso teve como tema central a ecologia no tempo de mudanças globais. Pude assistir palestras maravilhosas com os cientistas brasileiros (e um estrangeiro) de ponta no assunto. As apresentações de Carlos Nobre, Philip Fearnside e Alex Krusche (das que eu assisti) foram ótimas para entender o estado da arte dos estudos de mudanças climáticas e como isto afetará a nossa floresta Amazônica. Nos cenários mais extremos, poderemos observar a transformação de uma enorme parte da floresta em cerrado, devido a elevações de até 5 graus centigrados na temperatura média. Além disso, observamos passivamente a queima de milhares de quilometros quadrados de floesta por ano, levando o Brasil a ser o quarto país em emissões de gases estufas do planeta.
Porém, a notícia mais triste é que o mesmo com a diminuição (fato que não acredito que ocorrerá tão cedo) das emissões de gases estufas na atmosfera, o aquecimento global continuará acontecendo. O nosso maior objetivo não é mais saber se o aquecimento global é algo que pode ocorrer ou não, mas sim como vamos nos adaptar a ele!
Nesse contexto, vemos o discursso do presidente dos EUA, no qual deixa claro que o seu descomprometimento com a saúde do planeta ao não aderir a pactos de diminuição das emissões de gases estufa, dando a desculpa que cada país é soberano para decidir o quanto de reduzir das suas emissões. No mesmo nível, vemos o discurso do Presidente Lula querendo aliviar a culpa do Brasil (e países emergentes) nesse contexto de aumento de emissões. Isso só nos mostra, que o plante não está preparado para tomar uma ação em conjunto, pois cada país quer ter menos culpa que o outro e , assim, justificar suas emissões. O bem da humanidade tem menos valor que o crescimento econômico ecologicamente destrutivo que 99,99% dos países adotam.


Um comentário:

  1. Com certeza o desenvolvimento econômico tendo como modelo países como EUA e China é ecologicamente insustentável. Por este motivo devemos procurar alternativas para o mesmo, através de diminuição do consumo, heterogeneização da matriz energética (com utilização de fontes de energia mais limpas)e, principalmente no nosso caso, diminuição das queimadas e desmatamentos. 75% das emissões de gases estufa brasileiras são decorrentes deste último item, o que mostra que temos que trabalhar muito neste sentido e rápido.

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