domingo, 12 de outubro de 2008

Fotografia científica: Tartaruga punk


Foto: Chris Van Wyk. Fonte: Daily Mail


A tartaruga flagrada pelo fotógrafo amador australiano Chris Van Wyk durante um mergulho no rio Mary (Austrália) ficou famosa em sites do mundo todo no final do último mês. Elusor macrurus é uma tartaruga endêmica deste rio australiano e é classificada como ameaçada de extinção pelo governo deste país. Devido a uma forte pressão sofrida por esta espécie provocada pela comercialização de exemplares em pet shops, sua população apresentou um decréscimo de até 95 % nas últimas décadas. Ela se alimenta principalmente de macrófitas aquáticas, que representam cerca de 79 % de sua dieta e pode chegar a até 42 cm de comprimento. Outra característica interessante é que esta espécie tem um cauda relativamente grande para uma tartaruga, que representa muitas vezes até dois terçoes do seu casco.

Podemos ver na foto que a tartaruga do rio Mary não está sozinha. Algas verdes encontraram um ótimo habit e passaram a colonizar o topo da cabeça deste animal. Vemos aqui um exemplo da interação ecológica chamada de inquilinismo, onde há benefício apenas a uma das espécies envolvidas na interação. Neste caso, apenas as algas são beneficiadas por necessitarem de um substrato, já para tartaruga é indiferente. Um caso clássico de inquilinismo é representado pela utilização de árvores como substrato por espécies de bromélia.

Mais informações sobre Elusor macrurus em um site bem completo do governo australiano.
Conheci esta inusitada figura no ótimo blog de humor Caixa Preta.

Para ver mais fotografias científicas, clique aqui.

2 comentários:

  1. Luiz,

    Este inquilinismo só é possível ser forçado por haver incapacidade de reação de rejeição do parceiro vitimizado...

    Não conhecia esta amiga,uma tartaruga punk.

    Abraço amigo,
    jooa

    ResponderExcluir
  2. Fala joão,

    Na verdade, neste tipo de interação onde não ocorre uma influência negativa para nenhuma das partes, não há necessidade de reação de rejeição. Mesmo se a tartaruga, neste caso, tivesse uma capacidade de retirar as algas, acho que isso não seria feito.

    Abraços e obrigado pela visita.

    ResponderExcluir