terça-feira, 23 de outubro de 2007

Rio sedia conferência do IPCC sobre aquecimento global

Na próxima quinta (25/10) e sexta-feira, o Rio de Janeiro irá sediar conferência sobre mudanças climáticas globais. Esta será promovida pelo IPCC (Painel intergovernamental sobre mudanças climáticas), e discutirá as conclusões apresentadas pelos relatórios disponibilazados por essa instituição e a influência destas mudanças no Brasil.
Serão abordados assuntos como biocombustíveis e novas tecnologias de seqüestro de carbono, além disso, tecnologias de redução das emissões de gases estufa. Os principais resultados serão agrupados num documento que será levado para Bali em dezembro, pois lá representantes dos mais de 180 países signatários da Convenção-Quadro das Nações Unidas Sobre Mudança do Clima se encontrarão para discutir metas e políticas para a redução da emissão de gases do efeito estufa no período pós-2012, quando termina a vigência do atual Protocolo de Kyoto.
Estas iniciativas são de grande importância para o Brasil, ainda mais no momento em que as políticas públicas de energia tem como segunda opção como fonte de energia as termoelétricas movidas a carvão. Parece coisa de outro mundo, pois o Brasil é um oásis para a produção de energias renováveis como a solar e a eólica. Entretanto, com desculpa do custo do megawatt ser mais caro para esses tipos de geração de energia , o governo promove licitações de construção de hidrelétricas (que emitem grandes quantidades gases estufa como metano, além de distruir grandes áreas de floresta nativa) e termoelétricas (as quais liberam quantidades gigantescas de CO2 pela queima, em grande parte, de carvão). Nestas situações, me pergunto aonde anda nossa ministra do meio ambiente? Ou melhor, aonde andam todos os órgãos e ongs ligados ao meio ambiente?
Nada é feito, pelo contrário, o Brasil está retrocedendo no combate ao aquecimento global em nome do crescimento econômico baseado na exportação de commodites (etanol, minério, frutas, e outros). É um absurdo!

(fonte: Jornal da Ciência)

Um comentário:

  1. Essa é mais uma "conferência" sobre o iminente desastre ambiental provocado pela atual civilização, baseada no ganha-ganha (lucro, ganância, amor a bens materiais). Por ela, nada é resolvido de concreto. Por uma simples razão: O IPCC não tem a menor capacidade de EXECUTAR. So pode mesmo é ficar falando que há um perigo à vista, ooisa que todo mundo já sabe.
    Na recente reunião da Ecolatina (7a.edição), realizada em Belo Horizonte, com a presença da ministra do meio ambiente, foram proferidas palestras por diversas autoridades. Falaram, falaram, falaram; nada resolveram. Pelas informações, já estão preparando a 8a. edição da Ecolatina para o ano de 2008. Depois, haverá a 9a. edição, depois a 10a., depois a 11a. até que a BOMBA estoure.
    Na reunião de paises (12 paises convidados por Bush) havida em setembro/2007, ficou apenas o convite do Lula para que a reunião de 2008 seja realizada no Brasil. Depois, haverá outra reunião em 2009, depois outra em 2010, até que a BOMBA rebente.
    Até quando, ó Catilina, digo, Sistema Econômico, estarás abusando da nossa paciência, digo, estarás empurrando o assunto com a barriga?
    Na citada reunião, os pronunciamentos foram unânimes: cabe às pessoas, INDIVIDUALMENTE, adotarem posturas ecológicas corretas. Deram várias receitas: economizar água, separar o lixo, e outras tolices do gênero.
    Uma das autoridades de relevo se pronunciou confessando que na ECO 92, no Rio, erraram muito. Que na ocasião não tinham a visão que hoje têm. E verificaram que o perigo é mais concreto do que imaginavam. Não tivemos condições de o interromper para perguntar: O senhor admite hoje que ainda possa estar pensando errado?
    O pronunciamento da ministra foi uma demonstração cabal de que está cega, apesar da sua boa vontade.
    Precisamos é de ação; ação em escala mundial, porque o assunto é mundial.

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