quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Cedae/RJ anuncia obras de transposição de três rios na bacia do Rio Guandu

Três rios desembocam próximo a captação de água para a cidade do Rio de Janeiro no rioa Guandu. Entretanto estes três rios (Rio dos Poços, Queimados e Ipiranga) são extremamente poluídos, sendo assim, a Cedae (companhia de abastecimento) anunciou a construção de uma barragem que represará as águas desses três rio e de um desvio que verterá essas águas após a tomada de água do rio Guandu. Deste modo, a companhia afirma que gastára menos no tratamento da água disponibilizada para o Rio de Janeiro. Ocorrerá uma diminuição de 20% no uso de sulfato de alumínio usado para tratar a água. A obra está orçada em 36 milhões de reais.
Mais uma vez, nossos governantes mostram a sua incompetência em relação as questões ambientais. Para realizar a recuperação ambiental da bacia do Guandu teriam que ser gastos 1,5 bilhões de reais, destes 80milhões serão usados para o saneamento da área.
Entretanto está programado para a região a construção arco rodoviário e a criação do plo siderúrgico. Me parece um pouco disconexo o discurso de construção de corredores verdes e reflorestamento da área (prometido plo secretário Minc) com empreedimentos de tal magnitude.
Muito tem sido dito no Rio de Janeiro e nada tem sido feito. A lagoa Rodrigo de Freitas continua um esgoto a céu aberto, o emissário é um atestado de descompromisso com o meio ambiente (só joga o esgoto mais no fundo, basicamente), a baia da Guanabara é um absurdo de tão poluída (nenhuma praia contida nela é passível de uso), entre outros casos.
Cada dia que passa, vemos a falta de empenho em construir um mundo mais digno tanto social como ambientalmente. Nossos governantes não demonstram o menor comprometimento com questão ambientais e, por conseqüencia, com todos os habitantes desse planeta.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Concentração de gases do efeito estufa já chegaram a 455ppm em CO2 equivalente em 2005

Tim Flannery, autor australiano do livro Os senhores do clima, diz ter tido acesso aos dados do relatório do IPCC que vai ser publicado em novembro. Tim revelou que a concentração de gases estufa chegaram a 455ppm em gás carbônico equivalente em 2005. Tal concentração deveria ser alcançada somente daqui a mais ou menos 10 anos.
Realmente, a situação está pior que o imaginado. Atingimos um limiar onde a probabilidade de eventos climáticos catastróficos será maior. E ainda estamos tentando diminuir as emissões de CO2, nós deveríamos estar é tendo introduzir tecnologias de seqüestro de carbono da atmosfera. Não adianta mais adiar, temos que agir para que esta situação mude e, assim, sofrermos menos com a nossa ignorância, pois, de qualquer modo, o mal já está feito e muitas pessoas morrerão por causa disso.
Aconselho a todos que puderem comprar o livro de Tim. É um livro de fácil leitura, mas nem por isso passa superficialmente sobre todos os assuntos ligados a mudanças climáticas e aquecimento global.

(fonte: http://oglobo.globo.com/ciencia/mat/2007/10/09/298070885.asp)

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Nacionalização da Amazônia

Na última semana o governo brasileiro anunciou que irá nacionalizar o projeto LBA (experimento de longa-duração da biosfera-atmosfera da Amazônia). Este projeto tem desde seu início financiamento da NASA (agência espacial americana). Estima-se um aporte de 60 milhões de dólares desde então (início em 1998) pela agência americana.
Muito se espucula sobre uma possível perda de soberania do Brasil na Amazônia com tamanha influência do governo norte-americano sobre essa região. Não é de hoje, que esse temor sobre a perda da Amazônia para os estrangeiro aflinge as nossas mentes. Entretanto, já em um primeiro momento, o governo brasileiro admite só ter um terço do valor para sustentar o projeto e que busca financiamentos de outras instituições.
Na minha opinião, apóio a intenção do governo brasileiro de diminuir a influência de outros países (principlamnete EUA) em pesquisas na Amazônia, vide a quantidade de patentes que são feitas nos EUA, Europa e Ásia de principios roubados de planta brasileiras. Entretanto, o governo brasileiro já começa mal este processo ao não ter todo o capital para bancar essa pesquisa e, ainda, possuir um histórico de cortes em financiamentos de projetos na área ambiental com objetivo de cortes de despesa (a área ambiental e de pesquisa são sempre as primeiras a sofrerem com isso). E ainda, a recente declaração de liberação do plantio de cana de açúcar em áreas amazônicas.
Com certeza, este é um assunto bastante polêmico, ainda mais por ser a Amazônia área de grande influência no clima da região centro-sul do Brasil. Será necessário ainda muita pesquisa para entendermos melhor nossa grande floresta, mas sem apoio financeiro isso fica impossível. Espero que o governo brasileiro pense bem e tom a decisão que melhor atenda aos interesses da floresta, pois assim, nossos interesses serão atendidos também.

(Fonte: http://oglobo.globo.com/ciencia/mat/2007/10/06/298045723.asp)