quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Uso de animais em pesquisa - campanha da FAPERJ

Depois de muita discussão infundada pela grande mídia brasileira sobre o tema, no último mês de outubro foi sancionada a lei que regulamenta o uso de animais em pesquisa científica no Brasil. Um dos grandes tópicos desta lei é a criação do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea), responsável por credenciar instituições para criação e utilização de animais destinados a fins científicos e estabelecer normas para o uso e cuidado dos animais. Participarão do conselho a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), representantes dos ministérios da Educação, do Meio Ambiente, da Saúde e da Agricultura; o CNPq; o Conselho de Reitores das Universidades do Brasil (Crub); a Academia Brasileira de Ciências (ABC); a Federação de Sociedades de Biologia Experimental (FeSBE); Colégio Brasileiro de Experimentação Animal (Cobea); Federação Nacional da Indústria Farmacêutica; e dois representantes de sociedades protetoras dos animais legalmente estabelecidas no país.

Não consegui achar nada no sítio da FAPERJ (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro) sobre o assunto, mas achei muito interessante o conteúdo destes cartazes, fixados no corredor do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, no Centro de Ciências da Saúde, UFRJ. Se em algum momento os "defensores" de animais pensassem seriamente no conteúdo destes cartazes, tenho certeza que eles concentrariam esforços em regulamentar o uso de animais em pesquisa e não em proibir. Seguem abaixo as fotos que eu fiz dos dois cartazes.


Animal Use in Research - Brazilian CampaignAnimal Use in Research - Brazilian Campaign

PS.: Desculpem a baixa qualidade, fiz as fotos com o meu celular.

Para saber mais sobre a lei aprovada em outubro, clique aqui.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Fomos recomendados pelo site da UEG

Semana passada nosso blog foi recomendado pelo site da Universidade Estadual de Goiás nos links da semana. Quem indicou o nosso link foi o Prof. Ronaldo Angelini e autor do blog Bafana Ciência. Nessa mesma lista de recomendações também foi citado o blog Ciência Brasil do Prof. Marcelo Hermes da UnB, o que foi mais um motivo de orgulho para nós, pois é uma honra dividirmos a lista com blogs desse nível.


Clique aqui e veja a lista completa dos sites recomendos.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Fotografia científica: joaninha


A joaninha pode ser considerada como um caso aparte dentro da ordem coleoptera (grupo que reúne os besouros). Talvez seja devido ao nome popular em português (ou inglês também, "ladybug") ou devido a grande quantidade de desenhos animados, brinquedos e afins que retrataram este curioso animal. Não sei. Mas uma coisa que eu tenho certeza é que toda a criança (e muitos adultos também) acham que todas as joaninhas são fêmeas. Talvez para nós humanos milhares de anos de evolução que resultaram em um par de asas de coloração vermelha com círculos pretos (podem ser de outras cores também) que formam um sinal de advertência para os predadores, teve um efeito adverso. Bem, não tão adverso. Nós humanos evitamos sim predar joaninhas. Mas não pelo medo de obter um alimento de gosto ruim ou venenoso (mecanismo chamado de aposematismo). Mas por achar este animal "bonitinho" e que ele "não faz mal a ninguém".

"Quem você está chamando de 'dama'?!", diz a joaninha Francis de "Vida de Inseto".


Bem, podemos dizer que as joaninhas estão longe de "não fazer mal a ninguém", principalmente se você for da ordem Hemiptera e atender por "pulgão". Numa segunda-feira monótona uma única joaninha pode comer até 50 pulgões, o que é bem significativo para alguém do seu tamanho (elas variam de 1mm a 10mm, aproximadamente). Se você tem uma horta em casa e está cansado de perder grande parte das suas plantas para os pulgões, tente controlar esta "praga" contratando uma ajuda de peso, quer dizer, pouco peso. Lá fora eles vendem joaninhas até em supermercado.



Problemas com pulgão? Seus problemas acabaram! Use 1500 joaninhas em seu jardim e troque um desequilíbrio ecológico por outro! Crédito: pinprick


Agora vamos ao que interessa. A hora da verdade.



"É impossível comer um só". Crédito: HOOKSM


Depois de uma farta refeição, nada como um bom descanso. Bem, não tão bom assim. As joaninhas estão longe de serem predadores de topo. Bem longe.



Libélula acabando com a soneca depois do almoço de uma joaninha. Crédito: Mad Sun


Da próxima vez que uma joaninha pousar em você, pense duas vezes. Você está encarando um predador voraz. Pelo menos para animais milimétricos.

Para ver mais posts sobre fotografia científica, clique aqui.